Lisboa

quarta-feira, maio 02, 2012

Lisboa tem sido cantada em todos os tons pelos poetas. E cada um deles, com mais ou menos inspiração, arranjou uma imagem para símbolo da bela cidade fundada pelo Ulisses, conquistada pelo Henriques e reconstruída pelo Marquês. Disse um que Lisboa é uma guitarra, e outra que é a amante do Tejo. Um terceiro achou que Lisboa é fado e houve quem lhe chamasse "saudade", "canção", "mulher", "moira" e "rainha". Entretanto mudam-se os tempos mudam-se as vontades. E mudam-se também as cidades - certas cidades como é o caso de Lisboa que está a ser virada do avesso, desfigurada, enxovalhada, espoliada, acanalhada! A bem dizer só falta - de manguito em riste - cuspir em cima da que foi a orgulhosa capital de um império e local de partida das naus que deram novos mundos ao mundo. Entretanto, nem assim Lisboa deixará de ser cantada. Só que os poetas terão de escolher outras imagens, outros simbolos. Dirão por exemplo que Lisboa é um bacio, que é um penico, um pote, um vaso de noite. Há, infelizmente, por onde escolher...
(Ver notícia: http://m.publico.pt/Detail/1544236#)
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Cuidado com os teleféricos.
 

1 comentários:

AL disse...

Verdade, Ivan,

até parece que há dinheiro para deitar fora..

Passei naquele jardim do Campo Grande onde tantas vezes me sentei a estudar - aluna da fac. Letras ali tão perto - e vi-o esventrado, as árvores cortadas, os montes de terra desfigurando-o.

Fazem, desfazem, refazem e voltam a desfazer, numa febre incompreensível de desvarios e esbanjamento..

Bom ler-te, amigo!

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