«Só me faltava esta.. chamem a polícia! Está um homem na Lua! Piscou-me o olho! Isto é muito grave, valha-me Deus! Salve-se quem puder, é o fim. Nostradamus é-que tinha razão, Santa Bárbara!» Caros leitores, não pensem que vou permitir que neste blogue se tape o sol com a peneira. Aqui, o trigo e o joio estão sempre separados, a excepção confirma sempre a regra, o ouro nunca é entregue ao bandido, o branco é branco, o preto é preto e tudo o que vise comprometer este dogma será alvo de medidas drásticas. A verdade, aqui, é um ponto assente - não há nada a esconder. Pois bem, tudo o que se tem dito ao longo dos anos, séculos, milénios, acreditem, não passa de uma ardil e trapaça fraude. Que mania será esta que move o Homem fazendo com que este atribua características humanas à natureza? A História está empanturrada de exemplos desses: O Homem da Lua, Cydonia, a Nebulosa do Caranguejo, as constelações. Como se tal não fosse suficiente, alargámos os nossos horizontes e mesmo em ambientes hostis como sujidade, humidade, fumos, chamas, nuvens e gordura conseguimos vislumbrar rostos. O que passa connosco? Segundo Carl Sagan, tudo não passa de um processo evolutivo. Outros falam em condição psicológica, há ainda quem vá dizendo que o que conta aqui é a faixa etária. Não sei o que será, mas sei que tal só está ao alcance de mentes muito avançadas, mentes muito criativas e à frente do seu próprio tempo. Independentemente disso, uma coisa, parece-me certa - nada disto é terrível e apocalíptico como muitos tentam fazer passar. Tudo isto terá um fim, sim. Lá fora, algures no firmamento, um inimigo desloca-se a grande velocidade desejoso por pôr fim a tudo isto. Poderá ser um buraco negro? Poderá. Poderá ser um asteróide? Poderá. Será um jacto de raios gama? Eventualmente. Agora, quererem que eu acredite que o «olho de Deus» que tudo vê, sente, sabe e pune poderá, num dia de menor disposição, resolver acabar connosco.. não vão por aí. A esses ditos profetas digo: Não senhor!
Quantos de vós são pareidolistas?
_______________________
Cuidado com os teleféricos
16 comentários:
Isso é coisa psicológica. Mas não sei como desencantas tais tesouros, Ivan :p
Bem... não querendo abusar do fabuloso mundo das Teorias... mas, e já pensaste se tal não será "truque" mental, do género Gehstaltismo? (sorry se a ortografia estiver assim um bocadinho para o má.... mas Alemão é coisa que esta mente e estes olhos já não estudam há anos)
Beijinho,
Dá mesmo gozo ler isto :b está mesmo bem escrito *
um beijinho
'Como um efeito colateral inadvertido, o mecanismo de reconhecimento de padrões em nossos cérebros é tão eficiente em descobrir uma face em meio a muitos outros pormenores que às vezes vemos faces onde não existe nenhuma. Reunimos pedaços desconectados de luz e sombra, e inconscientemente tentamos ver uma face.'
E depois até se fazem blogs acerca disso
http://facesinplaces.blogspot.com/
Já m'o dizia o meu avô: "Cada um sabe de si e Deus sabe de todos..."
beijinho :) *
E eu concordo a 100% contigo, Ivan :)
Beijinho *
Interessante o teu blog ;)
hugs
Daniel
Devo ser um pouco burra, ou devo nao estar com a minima atenção mas não percebi a essencia da coisa xD ou talvez nem sequer tenha tentado de facto... já tá quase na hora de jantar xD *
boa peça...
Gostei imenso
continua (:
Ahhh, ok! Sinceramente faz mais sentido assim =D
Acho que no fundo eu não percebi foi o significado da palavra "pareidolia".
obrigada pela explicação ahahah.
Beijo *
Digo contigo, não senhor :p
Sempre divertido e inteligente!
Belo texto!
Abração!
Pedro Antônio
Eu sou um bocadinho pareidolista, mas é mesmo na minha imaginação, tipo ver imagens nas nuvens e caras nas pedras. O resto acho giro e curioso. Só giro e curioso.
Muito interessante este post....
Eu não sou essa coisa..pareidolista
Beijos
só mesmo este blogue para desencantar isto x)
mas gostei Ivan, mais uma vez
beijinho
Tens um blog muito interessante, mesmo. Eu penso que não sou pareidolista, e definitivamente não coloco o homem no centro do mundo. E essa do olho de Deus...concordo perfeitamente contigo ;)
Postar um comentário