A Pausa

«Vou voltar, e logo a seguir regresso. Se calhar no mesmo dia. Nada é impossível. Despeço-me de todos e de todas sem excepção: cor, idade, "calão" etário, sexo, opção religiosa, desportiva ou sexual, preferências alimentares, estatura, posição social, idade ou religião, cor ou religião. Adeus portuguesas e portugueses.» - by Manuel João Vieira.

Pela primeira vez, desde a minha inscrição, neste espaço plural, resolvi, com alguma parcimónia, intervir, verbalizando o que vai de mal cá dentro. Vivemos tempos de decisões inadiáveis e, macacos me mordam, impele-me que diga algo. É por isso que, com uma frieza quase germânica, vos digo: Não é fácil isto de ser empreendedor em Portugal. Percebo agora que para ser nababo é preciso abdicar de algumas coisas. Entre elas os chamados fait-divers. Falo claro dos festivais de verão, das loucas saídas de sexta e sábado à noite, do basquetebol aos domingos de manhã - entre muitas outras coisas. Mas atenção, vou já atalhando caminho dizendo que não me importo muito com isso. Isto de ser chefe de família requer certos e determinados pré-requisitos (ou sacrifícios), como costumo dizer. Um deles é, claro está, ter um emprego e consequentemente dinheiro. Por outro lado: a questão do Tempo. E é aqui e agora que a porca torce o rabo. Tenho para mim que o tempo não é igual para todos. Os meus dias, por exemplo, são pequenos. Não dão para muita coisa. Ora, um bom chefe de família, é sabido, tem a capacidade de esticar o tempo, sabe como fazê-lo. Eu não. É neste ponto que claudico. O empreendedorismo tem vindo paulatinamente a "roubar-me" tempo. Tempo esse que costumava usar para actualizar o blogue. Sou, por isso, obrigado a abdicar temporariamente deste espaço. Desejo-vos sorte, dinheiro, felicidade, alegria, saúde, felicidade, sorte e saúde. Volto quando regressar. Será mais cedo ou mais tarde. Obrigado a todos.
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Cuidado com os teleféricos.