Os Maias

segunda-feira, dezembro 21, 2009

«Ó mulher! Que dia é hoje? 21 de dezembro (2009)?! Meu Deus! Onde estão as minhas cápsulas de cianeto? Onde as puseste?!»

As pessoas gostam de catástrofes. Hollywood sabe disso. Volta e meia, vemos - para gáudio das massas populares - arranha-céus a arder, portentosos navios a afundar, dinossauros que invadem cidades vindos de um universo paralelo, vulcões que expelem a lava que têm e a que não têm, meteoritos do tamanho de planetas em rota de colisão e, não raras vezes, civilizações inteiras de extraterrestres que, de malas e bagagens, se mudam para cá. Todavia, e confesso que isto me espanta, os desastres que insistem em atingir o globo terrestre cingem-se, salvo raríssimas exceções, a locais confinados. Os megatornados ou, se preferirem, os superterramotos que destroem tudo à sua passagem, apenas afectam - não sei se já repararam - os Estados Unidos da América. O resto do mundo, arrisco dizê-lo, pode dormir tranquilo. É como se a caixa de pandora ou a arca da aliança tivessem, por azar, sido "entornadas" naquele lado do mundo. Pois bem, eu sei o que se passa. E vocês também. Apesar de existirem "alegadas teorias científicas" que interpretam as profecias maias - que vão da glaciação terrestre, à hipótese de grandes meteoritos, passando pelo, sempre complicado, encontro imediato com um buraco negro - tudo não passa de marketing. Os, e desculpem-me a linguagem viperina, acéfalos que vaticinam o fim do mundo em 2012, são os mesmos que na década de noventa disseram que o ano 2000 seria o último das nossas vidas. "Ah, mas o amigo está a esquecer-se que os arqueólogos afirmam que esse dia (21 de dezembro de 2012) assinala o fim de um ciclo" - dizem-me. Pergunta: nós próprios não temos os nossos ciclos? Lá por dividirmos o nosso calendário em dias, semanas, meses, anos, séculos e milénios, não é por isso que a nossa civilização deixa de existir ao fim de "long counts" como um ano, um século, ou um milénio. Já não falta muito para sabermos se todas as interpretações são corretas. Até lá, podemos divertir-nos com as teorias megalómanas que, um pouco por todo o lado, vão surgindo.
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Cuidado com os teleféricos.

9 comentários:

Emília Pam disse...

De facto, já há algum tempo que vinha a pensar nisso. Serão mesmo os estados unidos o centro do mundo? é assutador se sim, naquele antro de povinho desinteressante e narcisista. Minha querida europa, quando te amo. Fica o comentário, cumprimentos *

Wilson disse...

Eu próprio deixei de fazer planos para o futuro desde que soube que o mundo acaba em 2012 --'

Ana' disse...

Mas quê?
mas quê?

o mundo acaba em 2012?! :S

aixxxx tenho que ir já comprar uma corda! apesar de que a ideia das cápsulas de cianeto tabém não está má de todo...


pelo amor da santa! tenho a quase a certeza de que nenhuma civilização vinda de um mundo paralelo ou um meteorito colossal vai mandar o nosso mundinho pelo ares, mas olha que devia! só para extinguir esta maltinha incoerente e dar razão ao EUA, os senores do universo.


Tenho dito.

Anônimo disse...

Se há coisa que me faz rir a plenos pulmões é certamente o 2012. Com tanta coisa preocupante no mundo... não não, é mais giro acreditar nestas fantochadas [como a nossa vida não é emocionante o suficiente, temos que recorrer a estas coisas para apimentá-la, não é?] --'

Os meus professores da faculdade passam a vida a fazer piadas com isso LOL É que realmente não se compreende, eu não compreendo. Não compreendo como é que as pessoas se deixam levar desta forma por estas ideias catastróficas sem pés nem cabeça, sem se questionarem nem criticarem.

Mas vá... se acontecer alguma coisa, vai ser certa e exclusivamente no EUA. Estou mais descansada ahahah :P

Sara Martins disse...

Só tenho uma palavra para esse fenomeno que engole a paciencia de pessoas sãs da mente: tédio.

Sim tédio porque acredito que se cada pessoa que perde o seu precioso tempo a comentar a irrealidade absurdar de 2012 (deserto no Saara? Pelo amor da santa!) se preocupasse a cuidar da sua vidinha estaria com certeza melhor.

O mal de muita gente é que ou não tem nada mais interessante para fazer ou então é como o outro "pensar da trabalho, ai que canseira".

Viva as mentes iluminadas que escasseiam mas que ainda tem a capcacidade e discernir as coisas. Obrigada ao teleferico perigoso

Kika disse...

Começando pelo teu lado...
Se isto foi uma crítica: ou foi hipócrita ou passas os teus santos dias a gozar com os seres à tua volta... Escolhe.

Ivan Mota disse...

O que é que estás a querer provar com isso?

Sara Martins disse...

Oh meninos olhem o espirito natalicio! ;)

Kika disse...

Nada... Mas então... Pensei que: "O Mundo acaba em 2012" era a tua tese... ;)

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